BIO

Ana Matilde Sousa is a visual artist and scholar from Lisbon, where she lives and works. As a teenager in the 1990s, she became obsessed with the Japanese anime series Dragon Ball Z, which she watched dubbed in Portuguese by actors who heavily “glocalized” the source material. This cultural schizophrenia never left her, even after years of formal education in fine arts. Holding a Ph.D. in Painting from the Faculty of Fine Arts of Lisbon, her work is characterized by interdisciplinarity, covering a wide range of media from painting and drawing to comics, photography, video, and digital art, as well as the merging of traditional fine arts with Internet aesthetics, manga, anime, and video games.

In 2012, she co-founded the Portuguese zine label Clube do Inferno, and began to put out her “Japanized” comics under the pseudonym Hetamoé. Since then, her works have been featured in alternative comic publishers and other venues both in Portugal and internationally, including Chili Com Carne (Portugal), Kunsthalle Lissabon and gallery Vera Cortês (Portugal), Le Monde Diplomatique (Portuguese edition), kuš! (Latvia), Ediciones Valientes (Spain), Éditions Trip (Canada), the Anthropocene Curriculum (Germany), 1646 – Experimental Art Space (Netherlands), the Zupełnie Inny Świat magazine (Poland), Silent Army (Australia), and the Kuti magazine (Finland). Notably, her collaborative piece YWY: Searching for a Character In-Between East and West has been displayed at institutions such as Palais de Tokyo and Art Basel. In 2020, she co-founded the artist collective MASSACRE.

More recently, she began to experiment with themes related to history, science and technology, and the Anthropocene, in comics like Asbestos in Ambler (Anthropocene Curriculum, 2017), the graphic novel Einstein, Eddington and the Eclipse: Travel Impressions (Chili Com Carne, 2019), or her contribution to Kuti # 65 ‘Contemporary Portuguese Comics’ and the Passiflora exhibition, Welcome to the Anthrobscene, which uses images generated by artificial intelligence.

As an author, she publishes articles on Japanese contemporary art and pop culture, alongside other subjects related to comics and the concept of practice-based research in the arts, presenting these writings in classrooms, international peer-reviewed journals, and conferences. Her texts have appeared in books and journals by publishers such as Routledge, University of Minnesota Press, and Taylor & Francis, and she has participated in several international conferences in Europe, the US, and East Asia (South Korea, Japan). She has also frequently served in evaluation roles on juries, including artistic contests, supervising and arguing academic theses, peer-reviewing for journals, and assessing reports within FBAUL's doctoral program.

In 2022, Sousa became a FCT Junior Researcher at CIEBA-FBAUL after her application “PLOT AGAINST. A painting-based research project into the pen plotter and other peripheral devices in the cyborgian imagination” secured funding through the highly competitive contest Individual Call to Scientific Employment Stimulus (CEEC) of FCT-MCTES. Previously, she had received a scholarship for her PhD research by the same institution. She regularly holds lectures at several Portuguese higher education and artistic institutions and served as an Invited Assistant Professor for the Bachelor’s degree in Painting at FBAUL, where she has continued teaching as a Researcher. 

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Ana Matilde Sousa é artista visual e académica, nascida em Lisboa, onde vive e trabalha. Enquanto adolescente nos anos 90, era obcecada com a série de animação japonesa Dragon Ball Z, a que assistia dobrada em português por actores que “glocalizavam” fortemente os conteúdos originais. Esta esquizofrenia cultural nunca a abandonou, mesmo depois de anos de educação formal em belas-artes. Tendo obtido um doutoramento em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, o seu trabalho caracteriza-se pela interdisciplinaridade, abrangendo uma ampla gama de meios desde a pintura e o desenho até à banda desenhada, fotografia, vídeo, instalação e arte digital, bem como a fusão das belas-artes tradicionais com estéticas da Internet, mangá, anime e videojogos.

Em 2012, co-fundou o selo português de zines Clube do Inferno, e começou a fazer banda desenhada “japonizada” sob o pseudónimo Hetamoé. Desde então, os seus trabalhos foram publicados por editoras de banda desenhada alternativa e outras entidades, tanto em Portugal como internacionalmente, incluindo Chili Com Carne (Portugal), Kunsthalle Lissabon (Portugal), Monde Diplomatique - Edição Portuguesa, kuš! (Letónia), Ediciones Valientes (Espanha), Éditions Trip (Canadá), Anthropocene Curriculum (Alemanha), 1646 - Experimental Art Space ( Países Baixos), a revista Zupełnie Inny Świat (Polónia), Silent Army (Austrália), e a revista Kuti (Finlândia). Em particular, a sua peça colaborativa YWY: Searching for a Character In-Between East and West foi exibida em instituições como o Palais de Tokyo e Art Basel. Em 2020, co-fundou o coletivo de artistas MASSACRE.

Mais recentemente, começou a experimentar temas relacionados com a história, ciência e tecnologia, e o Antropocénico, em obras como Asbestos em Ambler (Anthropocene Curriculum, 2017), o romance gráfico Einstein, Eddington e o Eclipse: Impressões de Viagem (Chili Com Carne, 2019 e 2024), ou a sua contribuição para a Kuti # 65 'Contemporary Portuguese Comics' e a exposição Passiflora, Welcome to the Anthrobscene, que utiliza imagens geradas através de inteligência artificial.

Enquanto autora, publica artigos sobre arte contemporânea e cultura pop japonesas, bem como sobre outros temas relacionados com a banda desenhada e o conceito de practice-based research nas artes, apresentando estes conteúdos em salas de aula, revistas internacionais com revisão por pares e conferências. Os seus textos foram publicados em livros e revistas de editoras como a Routledge, a University of Minnesota Press e a Taylor & Francis, e participou em várias conferências internacionais na Europa, nos EUA e na Ásia Oriental (Coreia do Sul, Japão). Tem também desempenhado com frequência funções de avaliação em júris de concursos artísticos, orientação e arguição de teses académicas, revisão por pares para revistas e avaliação de relatórios no âmbito do programa doutoral da FBAUL.

Em 2022, tornou-se Investigadora Júnior FCT no CIEBA-FBAUL após a sua candidatura "PLOT AGAINST. A painting-based research project into the pen plotter and other peripheral devices in the cyborgian imagination" obter financiamento através do altamente competitivo Concurso Individual de Estímulo ao Emprego Científico (CEEC) da FCT-MCTES. Anteriormente, tinha sido bolseira de investigação de doutoramento da mesma instituição. Lecciona regularmente em várias instituições de ensino superior e artísticas portuguesas e foi Professora Auxiliar Convidada na Licenciatura em Pintura da FBAUL, onde continua a lecionar como Investigadora.